quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Este fim de semana tive a oportunidade de provar em 1ª mão o novo vinho da Quinta Do Regueiro .
As uvas foram colhidas de uma vinhas muito velha que Paulo Cerdeira Rodrigues cuida como se fossem as ultimas videiras do mundo, trata delasda mesma forma que um pai acarinha um filho.
Desse cuidado nasceu o Quinta Do Regueiro Primitivo, um lote de 100% alvarinho que vai surpreender pela sua frescura e pela sua longevidade. No nariz mostrou-se arrebatador, na boca uma explosão de frescura. Um vinho para manter debaixo de olho.


Na freguesia de Longos Vales, concelho de Monção, fica localizada a Quinta da Pedra, uma propriedade que pertence ao grupo Ideal Drinks.

Citando a Rota do Alvarinho podemos encontrar em Longos Vales:

“… vasto património religioso relevante do concelho, destacamos a Igreja de Longos Vales – também conhecida como Igreja de São João Baptista –, um templo pertencente a um antigo mosteiro dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, fundado por Dom Afonso Henriques em 1197. Mais tarde, já no século XVII, foi reconstruído, conservando da estrutura primitiva apenas a capela-mor. Esta capela é, aliás, a que merece mais atenção, sendo o único elemento de todo o conjunto classificado como Monumento Nacional. Junto à igreja encontramos o edifício do antigo mosteiro, que sofreu grandes alterações com a construção de uma casa, já no século XIX – actualmente em ruínas.
No exterior, vagueie pelo seu adro, onde se encontram algumas sepulturas antropomórficas escavadas na rocha, descobertas em 1998. Aí perto, saltam também à vista alguns espigueiros.
Não deixe de visitar este significativo conjunto edificado, tendo em especial atenção a capela-mor, considerada uma jóia do estilo românico.”

A IdealDrinks , decidiu homenagear a freguesia que acolhe a propriedade, criando um Alvarinho que adopta o nome da terra, assim nasceu o Alvarinho Longos Vales.
O Alvarinho Longos Vales é um vinho jovem e aventureiro, ideal para acompanhar pratos de peixe, saladas e carnes brancas, ou então simplesmente para beber a solo, enquanto aprecia um pôr-do-sol de Inverno.

Foto retirada da pagina da Idealdrinks

Conheci a Joana Santiago numa Essência do vinho, o mais certo é que ela não se lembre de mim, mas eu lembro-me bem da simpatia dela e da excelência do seu vinho.
Desafiei-a a escrever algo onde o Alvarinho fosse a personagem principal e ela acedeu ao meu pedido. Obrigado Joana.

Memórias do calhau rolado na vinha da Quinta de Santiago

Joana adorava estar na quinta de Santiago com os avós! Adorava os
trabalhos da vinha e em especial a azáfama das vindimas. Aquele
ambiente era mágico! Mas não podia pegar nas tesouras, nas enxadas,
carregar os gigos,andar em cima do carro de bois, então, o que sobrava?
A avó sempre atenta, dava-lhe, então, uma tarefa que a fazia acreditar
ser importantíssima: apanhar calhau rolado da terra, um a um e
colocá-los em fila junto às videiras para que os bois não magoassem os
seus cascos, quando passassem com o carro carregado de os gigos cheios
de doiradas uvas Alvarinho. Joana adorava esta importante missão, e
apanhou, apanhou, apanhou, muito, muito calhau, acompanhando as
vindimadeiras que cantavam, diziam graças, contavam histórias, à medida
que apanhavam as uvas. Menina Joaninha, gritavam elas rindo alegremente,
aqui há muito calhau, rindo mais ainda! Ele aparecia por todo o lado, e
o sol intenso, mesmo que por debaixo das abas de chapéu dificultava a
nobre tarefa sem fim à vista! Joana tropeçou tantas vezes nos calhaus
que acreditava mesmo que eles eram verdadeiros entraves a um caminho que
desejava fácil para os bois, para as pessoas e para ela… A certa altura
na sua missão, deixou mesmo cair um calhau no seu dedo do pé… dores?
Muitas!
Joana recorda esse tempo com saudades! A extensão de vinha, entretanto,
aumentou, os bois foram substituídos pelo moderno tractor, o grupo das
vindimadeiras é constituído por novos elementos, a avó já partiu, com
muitas saudades de todos, mas o dedo magoado da Joana, o seja o meu
dedinho, continua marcado com uma cicatriz de verdade…
Quando abraçamos o projecto Quinta de Santiago em 2009, marcada ficou
também a lição de que todo o calhau rolado existente na Quinta é uma
oportunidade e uma riqueza do nosso solo, que nos diferencia dos demais
terrenos contíguos e não um entrave no caminho de uma vinha e de uma
menina com uma missão!
Os solos da Quinta de Santiago são exclusivamente franco argilosos com
seixo rolado.

p.s a foto foi subtraida na pagina de facebook da Quinta de Santiago - Alvarinho

Conheci o Eugénio Queirós no tempo da blogosfera pura e dura, ele escrevia um blog de nome bola na área que eu lia religiosamente. Ele nasceu em Matosinhos,e sempre o conheci como jornalista embora agora ele seja licenciado em Arqueologia pela Faculdade de Letras do Porto. Nunca soube qual a sua preferência clubistica nem nunca me interessou.Ele diz que é pai de uma sportinguista, E eu digo que ele é um amante de um bom Alvarinho.
Pedi-lhe um texto onde o denominador comum fosse o vinho Alvarinho, aqui está ele :

Tive uma experiência, digamos, exaltante com o vinho da casta alvarinho.
Precisamente num dos seus santuários: a Quinta da Brejoeira. Curiosamente, a prova dos alvarinhos daquele solar aconteceu à hora do pequeno almoço.
Éramos um grupo de jornalistas, ali presentes para fazer a cobertura de um jogo do FC Porto com o Monção. A câmara local forneceu-nos transporte desde o Porto, num mini-bus, o que, já se vai ver a seguir, acabou por dar muito jeito. Do que me lembro é apenas de comprovar a capacidade do alvarinho para ser bebido em qualquer altura.
Também me lembro de ter conseguido parar, a tempo de chegar à hora do jogo um pouco menos tonto. O mesmo não aconteceu com alguns dos meus colegas. Situação apenas agravada pelo facto de após o jogo nos ter sido oferecido um jantar, regado com...alvarinho. A noite, recordo também, estava fresca.
Recordo bem isso pois logo à saída de Monção era tal a animação no autocarro que alguém decidiu usar o martelo e partir o vidro das emergências.
A viagem para o Porto foi feita, pois, numa espécie de descapotável. Não me perguntem que alvarinhos bebi. Só posso dizer que gostei de todos. Muito.
E que no dia seguinte acordei constipado...

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

domingo, 23 de março de 2014

domingo, 2 de março de 2014

As minhas provas na Essência do Vinho 2014

Mais um ano mais uma Essência do Vinho!
Este ano ao contrario do que tem sido habito, fui 3 dias para o palácio da bolsa provar os melhores vinhos de Portugal.
Deixo aqui a minha preferência:

Quinta do Regueiro 2013 - foi o único vinho que provei nos 3 dias diferentes e pode parecer exagero, mas foi um vinho que melhorou de prova para prova, vou guarda-lo na minha shortlist.

Marquês de Almeida branco 2013 - Um vinho feito na beira interior, utilizando a casta síria como base, um vinho que surpreende em todos os aspectos, inclusive no preço.

Aventura Branco 2013 by Susana Esteban - Um branco surpreendente

Encontro 1 Branco arinto 2010 - Um grande vinho

Buçaco Branco 2010 - Um branco histórico que lembra mais uma vez a potencialidade da região

Navazos palomino fino 2010 - Um vinho diferente de tudo o resto, a fazer lembrar Jabugo

Frei joão Branco 1988 - Velhos são os trapos, um vinho em grande forma

Quinta de sanjoanne branco 1999 - Um verde branco de 99? sim e delicioso!

Quinta do Ameal Loureiro 2004 - Um branco com 10 anos do coração do Minho.

Condessa de Santar - o expoente máximo do Dão

Conde De Santar Tinto - Um grande vinho do Dão

Monte Meão tinta roriz - Um senhor vinho

Solar dos lobos grande escolha - Foi por causa deste vinho que descobri o Solar, um grande vinho em qualquer parte do mundo.

Solar dos Lobos Syrah - A prova viva de que é possível fazer um bom vinho com uma excelente imagem.

Quinta da Touriga Chã - Talvez o melhor vinho em prova

C.V.by Cristiano Van Zeller - Qualidade acima de tudo

Quinta da Basilia super premium 2009 - O nervo e a força do Douro

Quinta do Pessegueiro 2011 - A elegancia do Douro "made by" João Nicolau de Almeida

Quinta do Encontro Cuvee -  Um espumante sem medo dos congéneres franceses

Condessa de Santar espumante - A versatilidade do Dão

Agri Roncão colheita 1885 - um grande colheita

Provavelmente existiam outros grandes vinhos em prova, estes foram os que eu mais apreciei, devo confessar que os brancos com alguma idade não foram uma surpresa mas sim uma confirmação, é pena que o mundo dos vinhos também esteja sempre é procura do prazer imediato, e as vezes é preciso saber esperar um pouco para que depois o prazer seja redobrado.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Obrigado!!




"Esporão utilizou como recurso de marketing e estratégia visual reproduzir obras de artistas nos rótulos dos vinhos da linha Reserva e Private Selection. Em 2001 o artista foi Pedro Proença que homenageou os mouros que ocuparam a região alentejana. O rótulo tinha a figura de um árabe de barba com uma taça na mão, muito parecido com o então desconhecido líder terrorista Bin Laden. Porém, em Setembro daquele ano, aconteceu o atentado nas Torres Gêmeas, em Nova Iorque, que teve como terrorista Bin Laden.. Nessa época o Esporão Reserva 1999 estava a chegar à Nova Iorque. Resumindo, todas as garrafas foram recolhidas e trocadas de rótulo."

Palavras Sábias!!


domingo, 29 de dezembro de 2013

Los Ibericos

A modernidade tem destas coisas. Eu explico:

Andava eu a tirar o pó ao meu facebook, quando vi uma recomendação de um novo restaurante que estava a abrir em Leça da Palmeira. O nome era sugestivo, Los Ibericos, diziam que eram um restaurante de tapas e gastronomia Ibérica.  E lá fui eu!
Mesa marcada com algumas horas de antecedência e lá parti eu para Leça da Palmeira, pelo caminho ia-me questionando o porquê de eu não me lembrar da ultima vez que fiz uma refeição em Leça, e logo eu que gostava tanto de alguns restaurantes.
Carro estacionado, casaco vestido e lá entrei eu no espaço Los Ibéricos.
O restaurante funciona em duas partes, a primeira parte com um balcão e poucas mesas, um sitio onde se pode picar, beber um copo ou até mesmo esperar pelos amigos mais atrasados para o jantar. Este espaço é para fumadores.
A segunda parte do restaurante funciona no andar de cima, uma sala ampla, revestida a madeira e ladeada por algumas janelas com vista para o largo do castelo.
Na minha opinião a disposição das mesas está um bocadinho atabalhoada, ou seja existem mesas a mais, uma pessoa está a comer e a sentir a respiração do vizinho do lado que janta a menos de 30cms de nós.
Para tapear pedimos uns calamares (5,10€), que estavam com uma polme bem feita mas na boca mostraram-se um bocadinho rijos, depois vieram as gambas al ajillo que estavam fabulosas, achei apenas exagerado o preço, 9,90€ por 8 gambas.
Seguiram-se uns mexilhões de vinagreta (3,90€), que estavam muito bem feitos e uma açorda de cogumelos (7,40€) que só não têm nota máxima porque o Chef se esqueceu do sal.
Para terminar foi servido um bife do lombo que estava no ponto, acompanhado com uns legumes salteados e umas batatas fritas á inglesa.
Para beber começamos com uma cerveja Mahou (2,80€) e depois passamos para um Passarela Rosé “brazileiro” (9.50€).

A refeição foi boa, tudo aquilo que provei estava bem confeccionado, o serviço um bocadinho imaturo mas simpático e esforçado. Os preços das bebidas eram exagerados, dou como exemplo um espumante charles pelitier bruto que custa 6,50€ na loja e estava na carta a 18€, são 3 vezes mais o preço de custo ou um Vinha do Meio Queijo, um vinho que ronda os 4€ e estava na carta a 12€. Na minha opinião um brutal exagero.

P.S. Enquanto jantava lembrei-me porque deixei de frequentar alguns restaurantes de Leça da Palmeira, putos a berrar, os pais simplesmente a marimbarem-se para os putos.
E eu gosto de jantar sossegado! 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Para quando um concurso para a melhor paella?


Tintos para peixe

Ontem no Restaurante Oxalá a sugestão passou por um robalo na brasa com um arroz de coentros e uma açorda de ovas.
Para beber foi-nos sugerido um vinho tinto. As primeiras reacções á sugestão foram de espanto, " vinho tinto com peixe?, não devia ser branco?", mas quem sugeriu manteve-se firme e voltou a sugerir um tinto jovem, frutado para acompanhar com o peixe.
Depois de algumas piadas pelo meio lá decidimos seguir viagem com o nosso tinto!

O tinto foi decantado e servido a uma excelente temperatura, era jovem, educado na boca e nunca competiu com a delicadeza do robalo. As vezes sentimos medo de experimentar, temos receio que algum enofilo mais snob nos olhe de lado e nos aponte o dedo por estarmos a fugir ao estereotipo do branco com peixe e tinto com carne.
Este tinto elevou a refeição a um patamar superior.

É de louvar também o arroz de coentros, um acompanhamento perfeito para o peixe e para o tinto em causa.
Terminamos com um Quinta da Garrida 2001 touriga nacional para acompanhar uma tábua de queijos e um misto de doces e frutas laminadas.

Outra coisa, o tinto em causa era o Herdade do Arrepiado Velho.

Serviço  profissional.