domingo, 29 de dezembro de 2013

Los Ibericos

A modernidade tem destas coisas. Eu explico:

Andava eu a tirar o pó ao meu facebook, quando vi uma recomendação de um novo restaurante que estava a abrir em Leça da Palmeira. O nome era sugestivo, Los Ibericos, diziam que eram um restaurante de tapas e gastronomia Ibérica.  E lá fui eu!
Mesa marcada com algumas horas de antecedência e lá parti eu para Leça da Palmeira, pelo caminho ia-me questionando o porquê de eu não me lembrar da ultima vez que fiz uma refeição em Leça, e logo eu que gostava tanto de alguns restaurantes.
Carro estacionado, casaco vestido e lá entrei eu no espaço Los Ibéricos.
O restaurante funciona em duas partes, a primeira parte com um balcão e poucas mesas, um sitio onde se pode picar, beber um copo ou até mesmo esperar pelos amigos mais atrasados para o jantar. Este espaço é para fumadores.
A segunda parte do restaurante funciona no andar de cima, uma sala ampla, revestida a madeira e ladeada por algumas janelas com vista para o largo do castelo.
Na minha opinião a disposição das mesas está um bocadinho atabalhoada, ou seja existem mesas a mais, uma pessoa está a comer e a sentir a respiração do vizinho do lado que janta a menos de 30cms de nós.
Para tapear pedimos uns calamares (5,10€), que estavam com uma polme bem feita mas na boca mostraram-se um bocadinho rijos, depois vieram as gambas al ajillo que estavam fabulosas, achei apenas exagerado o preço, 9,90€ por 8 gambas.
Seguiram-se uns mexilhões de vinagreta (3,90€), que estavam muito bem feitos e uma açorda de cogumelos (7,40€) que só não têm nota máxima porque o Chef se esqueceu do sal.
Para terminar foi servido um bife do lombo que estava no ponto, acompanhado com uns legumes salteados e umas batatas fritas á inglesa.
Para beber começamos com uma cerveja Mahou (2,80€) e depois passamos para um Passarela Rosé “brazileiro” (9.50€).

A refeição foi boa, tudo aquilo que provei estava bem confeccionado, o serviço um bocadinho imaturo mas simpático e esforçado. Os preços das bebidas eram exagerados, dou como exemplo um espumante charles pelitier bruto que custa 6,50€ na loja e estava na carta a 18€, são 3 vezes mais o preço de custo ou um Vinha do Meio Queijo, um vinho que ronda os 4€ e estava na carta a 12€. Na minha opinião um brutal exagero.

P.S. Enquanto jantava lembrei-me porque deixei de frequentar alguns restaurantes de Leça da Palmeira, putos a berrar, os pais simplesmente a marimbarem-se para os putos.
E eu gosto de jantar sossegado! 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Para quando um concurso para a melhor paella?


Tintos para peixe

Ontem no Restaurante Oxalá a sugestão passou por um robalo na brasa com um arroz de coentros e uma açorda de ovas.
Para beber foi-nos sugerido um vinho tinto. As primeiras reacções á sugestão foram de espanto, " vinho tinto com peixe?, não devia ser branco?", mas quem sugeriu manteve-se firme e voltou a sugerir um tinto jovem, frutado para acompanhar com o peixe.
Depois de algumas piadas pelo meio lá decidimos seguir viagem com o nosso tinto!

O tinto foi decantado e servido a uma excelente temperatura, era jovem, educado na boca e nunca competiu com a delicadeza do robalo. As vezes sentimos medo de experimentar, temos receio que algum enofilo mais snob nos olhe de lado e nos aponte o dedo por estarmos a fugir ao estereotipo do branco com peixe e tinto com carne.
Este tinto elevou a refeição a um patamar superior.

É de louvar também o arroz de coentros, um acompanhamento perfeito para o peixe e para o tinto em causa.
Terminamos com um Quinta da Garrida 2001 touriga nacional para acompanhar uma tábua de queijos e um misto de doces e frutas laminadas.

Outra coisa, o tinto em causa era o Herdade do Arrepiado Velho.

Serviço  profissional.

Uma delicia


Uvas salteadas com salsicha fresca!
Uma delicia!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

DIzTINTO 2010

Quando ouvi o plop da rolha  a sair da garrafa e comecei a sentir todos os aromas que saíam da garrafa do Diztinto 2010, fiquei surpreso! Em breves momentos a sala ficou inundada de aromas a bosque e a campo.

No copo o Diztinto apresentou uma linda cor rubi, enquanto na boca o vinho sugeria-nos sabores a amoras ou framboesas. 
A minha garrafa fez uma união de facto com um frango no churrasco, e que bem que eles se deram.
Um grande vinho produzido pela Fonte de Avis Sociedade Agrícola, Lda.



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quintas de Melgaço Vindima Tardia

Ando sempre a tentar provar vinhos novos, vinhos diferentes, vinhos audazes, vinhos que corajosamente tentam fugir á monotonia e avançam com um novo estilo de modernidade e originalidade.


O vinho de hoje é um vinho que acima de tudo prima pela originalidade.

O Quintas de Melgaço Vindima Tardia, é um vinho feito com uvas vindimadas em Dezembro, uvas que são atacadas por um fungo (Botrytis cinerea) que lhe dá uma podridão nobre.

No copo o vinho apresenta a cor de um raio de sol pela manhã, na boca encontramos sugestões a mel, frutos secos e algum ananás maduro. Uma acidez equilibrada e atraente.
Tem um final de boca longo e complexo.
Ideal para partilhar com alguém de quem se goste muito.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Marta Casanova Friends Colection

Sempre gostei da enologia no feminino!

Ao longo dos meus tempos de enófilo sempre procurei vinhos feitos por mulheres. Mulheres que abdicaram de uma vida laboral confortável, para serem felizes no comando de uma adega, mulheres sem medo de partir uma unha ou sujarem as mãos. Mulheres que ousaram fazer bem e melhor num mundo de Homens.
Conheci o trabalho da Marta Casanova quando provei um Brunheda vinhas velhas 2000, era um vinho impressionante, aromático, cheio de cor, com sugestões de compota e ginja! Um grande vinho.
A partir desse dia nunca mais perdi de vista o trabalho dela.

Desta vez Marta Casanova surpreendeu-me, e muito! Lançou um vinho do Douro que é uma homenagem aos amigos, aos amigos que a ajudaram a fazer a vindima e a vinificar o vinho e aos amigos de 4 patas que a acompanham ao longo do dia-a-dia no Douro.

Ainda não tive a oportunidade de provar o vinho embora já tenha a garrafa em cima da minha secretaria, mas tenho a certeza que este vinho será The next big thing.
Para terminar acho que é importante lembrar que uma percentagem da venda de este vinho reverte a favor de uma instituição de apoio aos animais abandonados.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Treinta Mil Maravedis

Confesso que quando me sugeriram este vinho eu não fazia a mínima ideia que Madrid tinha uma zona vinícola demarcada. Sempre olhei para Madrid como sendo uma cidade cosmopolita e nunca pensei que nas redondezas ainda existisse  espaço para o cultivo da vinha.


Costumo dizer que em Espanha também se produzem grandes vinhos e a prova disso é este Treinta mil Maravedis que eu recentemente provei.



Um vinho feito a partir de uvas Garnacha (90%) Syrah (5%) e Morenillo (5%).
No nariz sente-se um forte aroma a frutas vermelhas, sugestões de cereja e morango.
Na boca o vinho é forte mas ao mesmo tempo delicado, um vinho guloso que dá imenso prazer beber.

domingo, 6 de outubro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

sábado, 31 de agosto de 2013

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

São João de Arga 2013



video da autoria de Marco Fonte

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A gastronomia elevada a arte!

 Gostava de ser melhor fotografo para conseguir retratar as obras de arte produzidas pela minha ilustre amiga E.M..
Desta vez vou usar o termo fabuloso para descrever as sobremesas por ela criadas!
Da mesma forma que o Rei Midas transformava em ouro tudo aquilo que tocava, a E.M. transforma em sabor e arte tudo aquilo que cria.
Sou um privilegiado!


quinta-feira, 4 de julho de 2013

terça-feira, 2 de julho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

domingo, 9 de junho de 2013

ÉpráPoncha

Ontem e depois de um interregno de alguns meses, voltei a sair à noite!
Depois de um bom jantar no meu amigo Zé, decidi rumar á baixa do Porto para beber um copo. A baixa tem estado muito animada e nem mesmo a chuva que ontem caía não "escorraçou" nenhum dos habituais clientes das Galerias de Paris.

O bar escolhido foi um tal de "é pra poncha", um bar especializado como o próprio nome indica em bebidas típicas madeirenses, embora no cardápio conste uma poncha de whisky que me leva a crer que já será uma invenção do barman residente.


O espaço é bastante agradável, apesar de se poder fumar no interior!
As  bebidas são agradáveis e custam em média 3,5€.
Este espaço só tem um pequeno problema, o DJ de ontem só passava música do tempo dos Filinstones, música totalmente desajustada, em certas alturas da noite pareceu-me estar no meio de uma festa da radio nostalgia ou da memória fm.
A faixa etária dos clientes pode estar acima dos 30 anos, mas os trintões também gostam de ouvir novidades musicais...Desisti de lá estar quando o Dj começou a passar a banda sonora do dirty dancing...vim embora, afinal não tinha cometido nenhum crime, só queria mesmo beber um copo e passar um bom bocado com os amigos.



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Castas da Ervideira, Antão Vaz

Mais uma vez a Ervideira, lança um grande Antão Vaz.
Apesar de estar casta atingir a sua plenitude na zona da Vidigueira, mas é em Reguengos de Monsaraz que nasce este vinho.
No nariz é exuberante, podemos sentir inúmeras sugestões de fruta tropical mas sem exageros.
Na boca é encorpado, cremoso e com  uma acidez perfeita.
A minha garrafa acompanhou um frango Tai chi!
Um grande branco!


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bom, Bonito e Barato

Ultimamente, por causa de uma dieta, tenho provado poucos vinhos, por isso este blog tem sido pouco activo; Contudo na ultima terça feira, provei um Cistus Reserva Douro Branco 2012, que me fez escrever esta nota de prova.
O vinho apresentava uma cor palha, tinha aromas florais e frutados! Na boca, apresentava-se fresco e com notas de ameixa. É um vinho complexo e com uma boa acidez que o torna bastante refrescante.
É de aproveitar, porque o preço ainda é mais refrescante.

domingo, 12 de maio de 2013

Parabéns Filipa!

Quando todos os vinhos começam a parecer lugares comuns, eis que para os lados da Bairrada surge Filipa Pato com o seu Bical & Arinto.
É um vinho frutado, estruturado e acima de tudo diferente de tudo aquilo que estamos habituados a beber. Filipa Pato mostra que nem só de douro e Alentejo vive o homem, e relembra mais uma vez que o terroir bairradino é berço privilegiado de vinhos com qualidade.
Prometo desde já que irei experimentar os tintos, para ver se filha de Pato, sabe nadar.

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P.S. este branco fez maridagem com uma picanha do Uruguai preparada por mim, e não é que correu bem a união?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Welcome to Barcelos


Estacionei debaixo de uma laranjeira, ao sair do carro deparo com uma esplanada moderna e bem decorada.
Ao longe ouvia-se o cacarejar das galinhas!
Welcome to Barcelos.
É verdade! Estava Barcelos mas propriamente em Gilmonde para voltar a jantar no restaurante Novo Horizonte.
A sala de jantar é acolhedora e bem decorada, sendo o vinho um elemento decorativo sempre presente, talvez uma das melhores garrafeiras Minhotas.
Para entrada foram servidos uns cogumelos com presunto, bons, embora existissem algumas partes da cebola demasiado queimadas o que as vezes traziam ao palato um sabor ligeiramente amargo. A maridagem foi feita com um branco da quinta da Castaínça de 2010 que se mostrou perfeito!


De seguida foi servida uma salada de gambas, com um apontamento de falso caviar (ovas de lupo) que a tornava crocante e saborosa, o tempero era excelente o vinagre balsâmico ali portava-se como uma estrela, excelente.
No início da refeição tínhamos dito que queríamos comer uma boa carne, uma carne alta, grelhada, bem “bloody”.
A carne estava perfeita, tenra saborosa, no ponto, notava-se que existia mestria na grelha e acima de tudo existia qualidade nos ingredientes escolhidos. A escolha para acompanhar a carne manteve-se na Quinta da Castaínça, mas desta vez num belo touriga nacional, rico em aromas e acompanhou elegantemente a carne.
De sobremesa foi servido um bolo de “nutella” que na minha opinião não estava ao nível da restante refeição.
Pedidos os cafés e a conta pagamos 65,30€ por um jantar de 2 pessoas!
Na minha opinião preço está um bocado desajustado, exagerado, sendo talvez o único entrave para que volte com mais frequência ao Novo Horizonte em Gilmonde, Barcelos.



Novo Horizonte

Rua Dona Elvira Gomes Barroso (EN 205)
4755-233 Gilmonde

Telefone: 253831795

terça-feira, 30 de abril de 2013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

domingo, 21 de abril de 2013

Feria de Sevilha 2013


Gostei muito da Feria de Sevilha! Confesso que nunca fui tão bem tratado em terras espanholas como desta vez! Por incrível que pareça os espanhóis esforçavam-se para falar português e tentar perceber o que queríamos, serão os sinais da crise?
A Feria é organizada por sevilhanos e feita para sevilhanos, só os convidados é que têm acesso as casetas, os turistas têm de se contentar com as casetas publicas que absorvem todos os turistas.
Na Feria, os sevilhanos não se misturam! 
Na Feria, os sevilhanos gostam de estar rodeados pelos amigos e não por desconhecidos que estejam de passagem.
É uma forma egoista, mas talvez seja esta a unica forma de manter a festa genuína.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Anselmo Mendes Curtimenta

Um vinho que impressiona pela sua elegância e pela sua frescura!
A fruta está presente com sugestões citrinas, tendo um final de boca intenso e vibrante.
Um grande Vinho!

terça-feira, 19 de março de 2013

Fontainha de Melgaço


Um alvarinho extremamente feliz!
Um vinho fresco, muito aromático que tanto faz companhia a peixe como acompanha também uma carne de churrasco.
Um alvarinho para manter debaixo de olho.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Auguri, Auguri

Mas que grande surpresa vinda da Adega Cooperativa da Labrugeira !
Confesso que apenas conhecia a ACL de nome, nunca tinha provada nenhum vinho de lá, não sabia sequer quais as referencias disponíveis no mercado.
Depois de ter sido informado por um amigo que na zona de Alenquer se estava a espumantizar um espumante de elevada qualidade, decidi iniciar a procura e provar o Auguri.

As minhas garrafas chegaram via postal e decidi coloca-las em repouso por alguns dias para que o vinho descansasse da viagem.
O espumante feito com castas Arinto e Fernão Pires revela no copo uma bolha fina e bastante persistente, no nariz revela-se bastante frutado com notas a sugerir citrinos.

Na boca é fresco, leve e na minha opinião vai fazer fulgor em dias de calor para acompanhar um bom prato de marisco.
Um espumante a não perder de vista.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Quinta do Poço do Lobo

Este espumante é feito com uvas das castas Arinto e Chardonay.
No copo apresenta uma bolha fina, persistente e cheia de força.
Um espumante a considerar para acompanhar um bom assado.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Até Sempre Che

Ponte de Lima perdeu um dos seus mais conhecidos ícones. Aqui fica a minha Homenagem!
Até sempre, Luís


domingo, 6 de janeiro de 2013

A minha escolha de fim de ano

Este ano devido a algumas restrições alimentares demorei algum tempo a eleger o vinho que iria beber nas festas natalícias e de final de ano.
A escolha recorreu sobre o Quinta da Fronteira reserva 2009.
O vinho apesar de ter sido aberto 1h antes do jantar, mostrou-se corpulento demais para acompanhar o bacalhau assado no forno.
O vinho no copo apresentou um cor vermelha carregada, com aromas ainda um bocado fechados!
Na boca achei o vinho demasiado "forte" para acompanhar tal prato.
Terminei a refeição desiludido com a minha escolha.
No dia seguinte tinha para almoço um cabritinho nascido e criado em serras durienses, e enquanto escolhia vinho para o repasto, reparei que ainda havia vinho da noite anterior ( cerca de meia garrafa).

Voltei a servir o vinho e qual não foi o meu espanto, quando o vinho que na noite anterior se tinha mostrado corpulento e rude, estava elegante e suave como veludo. Uma maravilha.
Fez maridagem em segundas núpcias com o cabritinho de uma forma perfeita.
Cada garrafa custou-me cerca de 12,5€ no Continente, mas vale cada cêntimo!
Suponho que se tivesse aberto a garrafa com mais antecedência poderia ter usufruído mais do vinho e do bacalhau.