segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Candil



Como já devem ter reparado sou uma pessoa que gosto de experimentar sítios diferentes, locais que ainda não se encontrem formatados pela globalização gastronómica imposta.

Rumei como faço habitualmente a norte, e entrei na Galiza pelo ponte internacional de Vila Nova de Cerveira e dirigi-me a Tomiño.
Tinha como objectivo uma taberna tipica galega de no




O restaurante fica numa zona arborizada, inserido numa paisagem tipicamente minhota ou galega, um sitio onde sempre que olhamos em volta vemos árvores, vemos vegetação.
Entramos no restaurante e tivemos logo um dissabor: - Não há multibanco!!
Ou seja tive de me deslocar ao centro da vila para levantar dinheiro...

Quando cheguei, encontrei uma sala muito bem de
corada, com antiguidades e mesas e bancos típicos de tasca. A sala tinha uma luminosidade fabulosa apesar de lá fora estar um tempo chuvoso e desagradável. O toque de Midas era dado pelo crepitar da lareira que já fazia as delicias de alguns convivas.

Para inicio de refeição pedimos uma tábua mista, 4 tipos de enchidos, um presunto de Salamanca com cura de 24 meses, uma fatia de queijo e uma fatia de foie. Tudo delicioso!! Tudo divinamente cortado, o presunto então era um autentico manjar.
Em seguida, e confesso que um bocadinho a medo pedimos revueltos de setas com gambas, e eu já comi revueltos em muitos lados, mas estes estavam fabulosos, um tempero óptimo!
Já saciados mas com vontade de provar mais alguma coisa, decidimos pedir um prato tipico, os tradicionais calamares, e mais uma vez impressionaram, muito bem temperados , muito tenros e acima de tudo muito bem confeccionados.

Para beber, optamos por um vinho da casa Alvarinho Colheita que cumpriu.
Não pedimos sobremesa, mas pedimos café.
O café é de saco ou de chaleira, mas é servido dentro de um bule e trás um certo charme para o fim da refeição.

Pedimos a conta e pagamos 45.6€ com duas garrafas de vinho...
A regressar sem duvida!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Oxalá - Carregal do Sul - Ovar

Depois de uma tarde a passear pela baixa do Porto a ver antiguidades e "instalações artísticas", decidi tentar convencer a minha companhia de que precisávamos de uma refeição consistente, então sem nada lhe dizer rumei a sul pela A29.
Chegamos ao restaurante cedo para jantar...
Simpaticamente ofereceram-nos um flute de espumante,Aliança bruto,assim como uma variedade de entradas, todas elas de enorme qualidade.
Começamos com um presunto fatiado na hora, assim como uns enchidos de diversas proveniências, e dois tipos de queijo, que mais uma vez provei e mais uma vez não gostei...
O espumante continuava a ser servido a bom ritmo, e todas as garrafas estavam a ser abertas a golpe de sabre, algo que também tentei e consegui à primeira, as garrafas que anteriormente se partiram nas minhas mãos não contam para esta cronica.
De salientar também os 4 tipos de azeites que tinham para prova, todos eles óptimos, e podia-se notar as diferenças de acidez e de estrutura entre eles. Assim com a qualidade dos bolinhos de bacalhau que estavam no ponto, talvez um bocadinho salgados, mas óptimos para acompanhar o espumante!

Para jantar a nossa escolha recaiu nuns lombos de cherne com molho de gambas!
O peixe estava delicioso, suculento, temperado com ervas que lhe davam um sabor inconfundível, a consistência era perfeita e apetecia molhar o pão no molho que cobria o peixe, fiquei com pena do purê de batata que acompanhava o peixe, demasiado salgado!

Como bebida optamos por um Castelo d´Alba reserva 2009 branco, que fez uma maridagem perfeita com o cherne.
Não quisemos sobremesa.
Pedidos os cafés e a conta pagamos 30€ por pessoa, o que nos pareceu justíssimo!

O restaurante tem uns pormenores que roçam um bocadinho o "novo riquismo parolado", o facto de na sala onde servem as entradas terem uma maquina de engraxar sapatos, e uma televisão com uma câmara a filmar tudo o que se passa na cozinha e onde caso se deseje também se pode interagir com o cozinheiro.
As travessas do serviço de jantar são em inox, mas com o logótipo do restaurante estampado, não vá algum cliente esquecer-se de onde está.
Encontramos algumas fotos (dezenas) de gente conhecida, como o nosso 1º ministro, e garantiram-nos que o grande empresário, agora detido, Manuel Godinho também era cliente habitual.

Apesar de tudo, vale pela comida e pela simpatia de todos!
A visitar!