
Sempre fui da opinião que sempre que a carta de vinhos do restaurante for de preços exagerados, nós como clientes devemos pedir sempre outra bebida qualquer, nem que seja coca-cola ou cerveja.
Tudo bem que os restaurantes têm de fazer investimentos nos copos, é preciso pagar aos funcionários e por vezes o vinho não “roda” da forma desejada e por vezes transforma-se num “mono” na garrafeira do restaurante. Ou por vezes as pessoas aparecem já com o gosto formatado e só sabem pedir “muralhas” ou “monte velho”, as vezes ainda variam pelos vinhos da Aveleda ou da Sogrape mas nem sequer se dão ao trabalho de ler a carta e ver se existem coisas novas ou mais atraentes. Será que têm medo das novidades? Será que se sentem felizes em conhecer apenas 3 ou 4 tipos de vinhos?
Existem alguns “donos” de restaurante que pensam que as pessoas não estão por dentro dos preços de mercado e cobram pequenas “fortunas” por vinhos básicos e corriqueiros o objectivo é ganhar tudo de uma vez só, será que ainda não perceberam que se o vinho for acessível as pessoas bebem mais um bocadinho, se estiverem um grupo em vez de pedirem 2 garrafas podem pedir 3 ou 4? Ou até mesmo pedir vinhos diferentes para as entradas e para a refeição.
Certa vez num restaurante italiano bem famoso aqui no burgo, o “dono” do dito começou a gabar a sua garrafeira e a fazer-me sugestões, eu comecei a ler a carta de vinhos e encontrei um vinho que num supermercado custa 3€ a ser vendido por 15€… claro que demonstrei o meu descontentamento e pedi coca-cola, e a partir dessa data nunca mais bebi vinho nesse restaurante.
É preciso que os “donos dos restaurantes” se tornem empresários hoteleiros, que saibam analisar o mercado, que saibam mudar a carta regularmente para terem sempre novidades e que acima de tudo sejam honestos nos preços, não sou radical como algumas pessoas que dizem que os restaurantes só deviam cobrar 10% de margem, pois nem abrir uma garrafa de vinho sabem. Pode ser que com a vulgarização do vinho a copo as coisas mudem, mas já me aconteceu num bar da moda, pagar por um copo de vinho o preço da garrafa. Assim não vamos lá.