segunda-feira, 18 de junho de 2012

Carta Aberta

Caro J:

Sei que te prometi partilhar contigo a garrafa que tu trouxeste cá para casa, mas nem sempre o que prometemos se torna possível.
Não imaginas o que eu sofria sempre que ia ao frigorífico e olhava para a garrafa.
Ontem não resisti, na mesa tinha uns robalos de mar assados na brasa acompanhados com umas batatas a murro... levantei-me e fui buscar a Quinta da Falorca Encruzado 2011.


O vinho estava perfeito, uma excelente temperatura de serviço, um aroma de fazer inveja a qualquer perfume.
No nariz consegui obter algumas sugestões de fruta madura, maçã, pêra  e também alguns aromas amendoados, mas sem ser muito exuberante, estava tudo lá, entendes? mas não era um vinho exibicionista.

Na boca o vinho mostrou-se nobre e com a untuosidade necessária para acompanhar o robalo com molho de alho e azeite.
Confirmou-se a maçã e a pêra e a acidez fez dele um vinho perfeito para tal prato.
A casta encruzado, como sabes, é muito alcoólica, mas este Quinta da Falorca tinha um casamento perfeito com o álcool, a fruta e a acidez, ou melhor não era bem um casamento, talvez um encontro de swingers.

Para sobremesa o vinho ainda acompanhou um bolo rei da Petulia, e um queijo da serra que também veio de tua casa e que segundo as criticas foi dos melhores queijos provados.
É pena que só se façam 2138 garrafas deste vinho.
Espero que me perdoes não ter esperado por ti.
sabes quem sou,
Abraço.


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