Depois da refeição fomos visitar um local que se não fica no fim do mundo, fica bem lá perto!
A mesa dos Quatro Abades é um sitio a visitar, pois as vistas são do outro mundo.
Aqui fica a explicação da existencia de tal dita mesa, tirada do site www.pontedelima.com
"O Livro do Tombo da freguesia de Calheiros, no ano de 1775, já cita a Mesa dos Quatro Abades. Consta de uma mesa em granito que se apoia no marco divisório das freguesias de Calheiros, Cepões, Bárrio e Vilar do Monte. O dito marco tem quatro faces onde estão gravadas as iniciais do nome da freguesia a que corresponde a mesma face.
Ao lado da mesa há quatro assentos, também em granito, colocados de tal modo que os respectivos abades sentavam-se dento do seu território à mesma mesa. Daí vem o nome de "MESA DOS QUATRO ABADES".
Atendendo a que S. Sebastião é o advogado contra a fome, peste e guerra, o povo invocava-o contra estas pragas. Para isso, fazia o chamado "Cerco à Freguesia".
Em dia combinado, saía da igreja paroquial a procissão de S. Sebastião, cuja imagem era transportada ao colo dos homens, e dirigia-se aos marcos divisórios com as freguesias vizinhas, percorrendo marco a marco até fazer o cerco à freguesia, pedindo a sua protecção para o território paroquial.
Chegados ao marco comum das quatro freguesias, o povo descansava e tomava a sua refeição, sem sair do seu território.
Os abades, que eram também presidentes da Junta, sentavam-se nos assentos correspondentes a cada freguesia e mesa comum.
Aí discutiam, debaixo dos olhares das imagens de S. Sebastião, os litígios entre freguesias, servindo os párocos-presidentes de neutros moderadores.
O pároco, sempre que o julgava necessário, ia consultar o seu povo.
No final, os párocos comunicavam os resultados das suas conversações e continuavam com o Cerco até ao ponto de partida."
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